Bebido o Luar
Bebido o luar, ébrios de horizontes, Julgamos que viver era abraçar O rumor dos pinhais, o azul dos montes E todos os jardins verdes do mar.
Mas solitários somos e passamos, Não são nossos os frutos nem as flores, O céu e o mar apagam-se exteriores E tornam-se os fantasmas que sonhamos.
Por que jardins que nós não colheremos, Límpidos nas auroras a nascer, Por que o céu e o mar se não seremos Nunca os deuses capazes de os viver.
Sophia de Mello Breyner Andresen
7 Comments:
At 8:19 da tarde,
Anónimo said…
Ai Ai...Sophia..às vezes o k se escreve é de tal forma pessoal..que podemos passar a vida a divagar e nc saberemos do que se estava a falar! Basicamente aconteceu isso no meu exame de portugues onde surgiu um poema de Sophia! Mas pronto ng lhe pode negar o merito de ser uma grande poetisa! Free Mind
At 12:15 da tarde,
Eclipse said…
Ola, vim retribuir e agradecer a visita pelo meu céu.
Sophia, Sophia, aprendi a gostar de sua poesia com uma amiga blogueira que é completamente louca por ela e por tudo o que escreveu ;)
Um abraço
At 10:11 da tarde,
BlueTraveler said…
Quando mais leio a Sophia, mais convencido fico da minha opinião sobre ela. Uma excelente poetiza... mas sempre tão triste e melancólica... Viver É abraçar! As vezes só precisamos de abrir os olhos interiores para ver quem abraçar. Pois muitas vezes esta ao nosso lado.
At 10:11 da manhã,
Veruska said…
Oi! Tenho um outro blog http://desaventurasemlisboa.blogspot.com Este está mais parado, mas prometo que vou começar a actualizar os dois ;>
At 10:35 da tarde,
Ultimate_pt said…
Oi.
Claro que também sou um fã de Sophia.É pena é que ela já tenha ido embora da terra dos vivos,mas sem dúvida que será alguém que viveu para lá do horizonte.
Beijos.
At 7:26 da tarde,
Anónimo said…
Tss, tss, tss! Agora é só (Des)aventuras! E Neully nada?
At 10:16 da tarde,
almadepoeta said…
Julgo tratar-se dum poema, pelas rimas.
Linda a mensagem que o mesmo transmite.
Deico um beijo
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